segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Brasil em 2014!

O que podemos esperar da economia brasileira para o próximo ano? Esta pergunta está na boca do povo. Todos fazem suas projeções, já que 2014 é o ano que o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol e esperava-se tanto crescimento e desenvolvimento para este momento! As previsões, neste final de ano, levando em consideração a economia do país não são animadoras. O cenário atual é de crescimento baixo, inflação latente, taxa de câmbio desvalorizada, aumentos sucessivos na taxa de juros e descontentamento da população com as condutas políticas e econômicas adotadas pelo Governo. Em outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 0,7 ponto percentual. Para o ano que vem, a projeção anterior do FMI era de 3,2% do PIB e foi reduzida para 2,5%. O corte, divulgado no relatório “Projeções para a Economia Mundial”, põe o Brasil como o país com a menor taxa de crescimento entre os principais mercados emergentes. Entre os BRICS (Grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o maior crescimento em 2014 será da China (7,3%), seguido por Índia (5,1%), Rússia (3%) e África do Sul (2,9%) - todos à frente do Brasil. O FMI acredita que a recuperação econômica do Brasil continuará moderada, puxada pela recente depreciação do real frente ao dólar, o que elevará a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Por outro lado, a desvalorização do real faz com que os preços dos produtos importados fiquem caros e na falta de competitividade dentro do país, a inflação dispara! A inflação mais alta reduz a renda real e pode pesar sobre o consumo, que em época de pouco crescimento, é muito preocupante. Outro ponto relevante seria os aumentos esperados para a taxa de juros brasileira. Como já discutimos várias vezes aqui, no In foco, o custo do dinheiro fica caro, diminui o consumo e desestimula a indústria, caindo o crescimento ou o PIB. De acordo com o FMI o índice de preços ao consumidor (IPC) suba 6,3% este ano no Brasil e 5,8% no próximo. O déficit da conta corrente deve ficar em 3,4% e 3,2%, respectivamente neste ano e no próximo. Já para a taxa de desemprego a previsão é de 5,8% e 6%, também respectivamente. Ainda sobre o Brasil, o FMI alerta que a política fiscal do país precisa ser reforçada com urgência, dado o alto nível de endividamento. Assim, podemos concluir que a situação não é nada boa! Enquanto países como o nosso crescem a taxas de 5% e 7%, o Brasil torce para ser campeão! No que realmente somos bons. No futebol!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Como a taxa de juros afeta o consumo

Preocupado em conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BACEN) aumentou, no último dia nove, em meio ponto percentual a taxa básica de juros, Selic, que passou de 9% para 9,5%. O Governo espera que essa decisão contribua para que a inflação entre em declive e que essa tendência persista no próximo ano. Em abril deste ano o Governo, pressionado pela alta inflacionária, começou uma política de aumento da taxa básica de juros após quase dois anos sem subir e após ter chegado em outubro de 2012 ao mínimo histórico de 7,25%. Como esta alta da taxa básica de juros afeta nossas vidas? Ela afeta o consumo? Segundo a lei da oferta e da procura, quanto mais existir procura por determinado produto e a sua oferta for menor, esse produto passa a custar mais caro, causando inflação. O contrário também é verdadeiro, se uma mercadoria ou serviço não for tão procurado, o preço tende a cair para atrair mais compradores, causando, desta vez, queda da inflação. Quando temos aumento elevado do consumo ocasionado principalmente pelo aumento de renda da população ou disponibilização de crédito fácil, como visto nos últimos anos no Brasil, a tendência é haver um aumento na taxa de inflação, e para manter o nível de inflação esperado, o Governo faz uso da política monetária, através do aumento da taxa básica de juros, a Selic. Explicando melhor, sabemos que a taxa de juros é o custo do dinheiro, ou seja, é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. Desta forma, aumentando a taxa de juros o consumidor prefere aumentar suas poupanças, que lhe rendem mais, consumir menos hoje e utilizar os recursos poupados (acrescidos dos juros) para consumir mais no futuro. Logo, o aumento da taxa de juros tem como finalidade macroeconômica, reduzir o volume do consumo que quando é exagerado em relação à oferta pode causar um surto inflacionário. Esta relação entre taxa de juros, consumo e poupança têm como denominador comum a INFLAÇÃO, pois é no combate a esta, que as outras variáveis são jogadas de forma conjugada, ou seja, é para combater a inflação que o Governo manipula a taxa de juros para que haja diminuição do consumo e aumentar as poupanças dos indivíduos. Havendo menos consumo, ocasionado pelo aumento da SELIC, o comércio vende menos e a indústria diminui sua produção, podendo ocorrer demissões e queda no crescimento econômico do país, que é outro problema que o atual Governo vem enfrentando. Sem dúvida, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come! O aumento da SELIC pode fazer o consumo cair, a inflação cair, mas, por outro lado, pode diminuir a produção e fazer com que haja uma desaceleração econômica ainda maior.