segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A inflação brasileira

Podemos dizer que hoje em dia o poder de compra da população brasileira está preservado e temos a estabilidade de preços na economia do país.

O aumento do nível geral de preços da economia é chamado de inflação, uma das grandes preocupações não só dos governantes, mas como de toda a sociedade.

A inflação existe sempre que se registra um aumento no nível geral de preços: aumento de preços do pão, da gasolina, e dos automóveis; aumento dos salários, dos preços da terra e dos preços dos bens de capital.

Não vamos dizer que, em períodos de inflação, todos os preços e todos os custos sobem na mesma proporção, pois, na verdade, raramente se registram movimentos de preços em conjunto.

A inflação apresenta diferentes níveis de gravidade. Podemos classificar a inflação em três categorias: moderada, galopante e hiperinflação.

A inflação moderada é aquela onde os preços aumentam lentamente, com uma taxa de um só dígito, ou seja, uma taxa inferior a 10 por cento ao ano. Em condições de inflação moderada e estável, os preços não se afastam significativamente, assim as pessoas não se preocupam em livrar-se do seu dinheiro, rapidamente, pois, a moeda praticamente mantém seu valor de ano para ano.

A inflação galopante é aquela onde os preços começam a subir com taxas de dois a três dígitos com valores de, por exemplo, 20, 100 ou 200 por cento ao ano.

A partir do momento em que a taxa de inflação galopante se instala ocorre problemas econômicos de certa gravidade. A maioria dos contratos começa a ser indexados de acordo com o índice de preços ou com uma moeda estrangeira como o dólar. Como o dinheiro perde o valor rapidamente, as pessoas costumam conservar o mínimo imprescindível, compram bens, como carros, casas, entre outros.

Enquanto a inflação galopante permite a sobrevivência das economias, algumas delas até mesmo com um razoável crescimento, verifica-se uma situação fatal quando a hiperinflação se instala na economia.

As causas da inflação variam de país para país e em um mesmo país essas causas são diferentes em épocas distintas.

O problema inflacionário no Brasil sempre esteve presente e a sociedade brasileira já se deparou com as três categorias de inflação.

De 1980 a 1987 a taxa média de inflação anual foi de 157,35%. Neste período, no Brasil, ocorreu um exemplo de inflação galopante, marcada pela indexação de preços, com taxas inflacionárias de dois a três dígitos, variando de 65% à 415,8% ao ano. No período que abrange 1988 à 1994, o Brasil se deparou com a hiperinflação, apresentando taxa média de inflação anual de 1.391,05%, com variações de 480,2% à 2.707,7% ao ano. Nestes anos, os preços subiam de forma astronômica, à medida que, as pessoas procuravam desesperadamente livrar-se do dinheiro que tinham em mãos, cada vez sendo maior a rapidez do gasto da moeda uma vez recebida.

Desde 1995 temos um exemplo de inflação moderada no Brasil, ou seja, após a adoção do Plano Real a inflação brasileira deixou de crescer de forma assustadora e passou a ter variações lentas. Hoje em dia, as pessoas não se preocupam, como antigamente, em livrar-se do dinheiro com medo da sua desvalorização, ao contrário, a inflação estando em um nível moderado, a moeda praticamente mantém seu valor de ano para ano e não precisamos ter medo da volta deste fantasma que nos assombrou por muito tempo...