terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O grande desafio de Dilma!

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou durante o último programa de rádio Café com o Presidente de seu mandato, que foi “gostoso demais” governar o Brasil nos últimos oito anos e que não achou “nada complicado essa tarefa”. Torceremos que sua sucessora, a nova presidente da república Dilma Rousseff também possa dizer o mesmo daqui a quatro anos.

No dia 01 de janeiro de 2011, Dilma subiu a rampa do Planalto e agora é a nova Presidente do Brasil. Os obstáculos da nova presidente serão muitos. Desafiando o discurso desenvolvimentista encampado pelo seu governo, estão os gastos públicos elevados, as ineficientes políticas de formação de pessoal, a pressão inflacionária, a provável elevação das taxas de juros pelo Banco Central e a sobrevalorização cambial. Resumindo, o desafio econômico da sucessora de Lula será o de garantir condições econômicas para o Brasil manter os altos índices de crescimento que vem apresentando.

Dilma herdará um país estável e em crescimento. O que está muito longe de significar um país sem problemas a resolver. Para manter o crescimento econômico e a prosperidade, que impulsiona os índices sociais e aumenta a capacidade de compra da população, o novo governo terá que lidar com os grandes entraves presentes hoje na economia.

Como garantir o crescimento e desenvolvimento econômico do país sem uma reforma tributária que garanta os gastos com infraestrutura? Como podemos pensar em manter a inflação controlada à custa da frequente elevação da taxa de juros? Como podemos garantir os ganhos com nossas exportações com o câmbio supervalorizado?

Para avançar será preciso melhorar a gestão dos gastos públicos e as reformas estruturais tão discutidas e tão relegadas terão que ser realmente realizadas.  Com isso, será possível manter a inflação sob controle e tirar do Brasil o título de campeão mundial dos juros altos, chegando ao fim uma das maiores distorções da economia brasileira, que são os juros muito maiores do que em quase todos os países ricos ou emergentes.

Lula deixará para a sucessora, Dilma Rousseff, o desafio de modernizar a Constituição nos campos político, previdenciário, tributário e trabalhista. Propiciar as reformas de base é uma exigência do país e a presidente será cobrada por isso. O problema é que a execução destas reformas acarretará na perda de popularidade da governante.
 Será que Dilma está disposta a isto?